ÉTICA NA POLÍTICA

Para uma definição precisa ,só seria possível desde que se defina o que é a ética, porque se trata de um conceito que foi sempre multifacetado e vulgarizado. Há diversas concepções do que seja a ética, como também, diversas premissas do que seria a ética mais ideal.
A ética, seja o que ela for , só pode ser definida rigorosamente dentro de um método de pensamento ou da prática moral da vida humana. Estes conceitos de éticas são inúmeros e embora possam sempre ter pontos coesos, a experiência mostra que chegar a um conceito único ou consensual em todos os sentidos é praticamente impossível.
Em outras palavras, não existe um conceito único de ética, portanto, como se vê a ética não é simplesmente um exponencial de valores, nem é simplesmente um conjunto de regras. Acredita-se que a ética seja uma consciência racional da necessidade de ação, existente e praticada em que permitirá entre outras coisas compreender os valores morais de cada ser humano. A ética é concebida como uma vigilância moral, é especializada num conjunto de regras de conduta focada tanto no ,lado pessoal como no profissional. Já no campo profissional ressalto que esta visa não apenas a boa prática da função, como também a preservação da imagem do próprio profissional e de sua categoria, é ,portanto um tipo específico de avaliação ou performance.
Nesse contexto a ética não tem valor universal , e sim individual, isto é fundamental,porque decorre da própria ação deste.Como a ética seria a orientação da ação de um individuo a partir dos elementos apresentados na natureza desse individuo, qualquer orientação ética vale em função de uma necessidade individual e não pode ser transplantada para outro individuo , será realmente necessário analisar a natureza e as suas especificidades individuais.
Cada fundamento ético é individualíssimo e não pode ser transferido artificialmente a outra pessoa, sem considerar a natureza individual dessa outra. Se o que é ético a alguém é imposto para outra pessoa, sem considerar a natureza dessa outra pessoa, de antemão já não há por que considerar validade ética para a mesma coisa.A análise ética não é prerrogativa de nenhuma autoridade, porque é uma análise racional de todo ser humano.
Assim a ética e a política são divisores recíprocos e que atuam como referenciais para relações na sociedade.De pronto envolvem as ações, as atitudes e o respeito com que os políticos iram tratar a sociedade.
É precisamente neste contexto entre a Ética e a Política é que podemos dirimir a busca de re-alinhamento de promessas feitas em campanhas eleitorais , onde propõem soluções para os desejos e as urgências da sociedade e como isso literalmente é posto em prática.
Hoje a preocupação política esta engajada na direção de uma sociedade eticamente bem regulada contra as discriminações, as violações dos direitos humanos, a corrupção, as enormes diferenças sociais que parecem instransponíveis.
Há muitos anos a sociedade é bombardeada com uma gama de informações, que em outros países, já teria servido para a derrocada de qualquer governo,além de colocar atrás das grades um elevado número de envolvidos nos escândalos.
Porém, aqui, vamos vivendo de CPI em CPI, além de poucas cassações para,simplesmente, se dar alguma satisfação á opinião pública e a sociedade como um todo.
O dinheiro subserviente do erário público, que poderia ser disponibilizado na saúde, segurança, habitação e que iria minimizar a necessidade de milhões de pessoas, tem total descaso político ,não é aplicado adequadamente.
Essa falta de Ética apenas tem agravado governo após governo,visto o tamanho corporativismo entre políticos de todas as matizes, ou seja, legendas partidárias. Será que alguém duvida dos acordos políticos, no mínimo, tendenciosos e escusos que já favoreceram políticos em todo o país? Basta apenas ver e ouvir os noticiários!
Jamais saberemos o tamanho do rombo financeiro provocado nas últimas décadas, mas paradoxalmente sabemos que neste ano novas eleições aconteceram ,onde a sociedade é vista como um número, de preferência o do título de eleitor.
Lembremos que estamos em um ano de real importância para todos os brasileiros. Um ano em que vamos, novamente às urnas escolher nossos representantes. Por isso nunca é demais pedir cautela, pedir análise pormenorizada das propostas e, acima de tudo, pedir ética dos políticos na hora de pedir o seu voto.
Temos ciência de que existem candidatos realmente comprometidos com os anseios da sociedade e que merecem ter uma chance ,ou seja, uma oportunidade política.
Apesar da situação caótica em todos os sentidos, social, econômico,cultural e político, é possível mudar, mas para a sociedade dar essa nova chance é preciso apostar em uma nova imagem política que seria de um: Político Ético ou de um Ético Político.
Mas esse novo empreendedor político,tem de ter propostas eficientes e eficazes .Não usar fantasias ou máscaras de um marketing político equivocado. Ter em seus discursos eleitoreiros uma retórica frutífera, incipiente e realizável. Temos certeza que o colégio eleitoral de São Paulo é bastante significativo,portanto tem de ter uma posição condizente com sua representatividade política.
Numa Estratégia de Marketing Político é preciso saber o quanto os seus candidatos conhecem os problemas de sua cidade e apresentam propostas viáveis e factíveis. Portanto eleitores, desconfiem de planos de marketing milagrosos e dê preferência os que digam quanto custa cada promessa.
As idéias são muito importantes,mas não podem ser ambíguas ,elas devem ser avaliadas e contrastadas com a bibliografia e o histórico político de cada candidato.
Talvez haja abstenção de ética por parte de muitos políticos, juntando a falta de informação e a ignorância dos eleitores é que alimentam uma visão deturpada de ingerência e da incompetência demonstrada por diversos políticos brasileiros na atualidade
A solução é adotar critérios que dêem uma visão panorâmica do seu político (representante) e do valor do seu voto!
Procure compreender a ideologia de cada legenda partidária, mas acima de tudo conheça profundamente qual é a sua Ética Política!